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Sem citar EUA, Brasil critica uso de tarifas como 'instrumento de tentativa de interferência' na OMC

O embaixador Philip Fox-Drummond Gough, representando o Brasil durante reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), criticou, nesta quarta-feira (23), o tarifaço dos Estados Unidos, sem citar diretamente o país governado por Donald Trump.
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Conforme publicado pelo portal Terra, Gough avaliou que tarifas econômicas começaram a ser utilizadas para tentar interferir em assuntos nacionais e que isso era um fator mais preocupante que as violações de regras do comércio internacional.

"Estamos agora testemunhando uma mudança extremamente perigosa, rumo à utilização de tarifas como instrumento de tentativa de interferência nos assuntos internos de países terceiros."

Ao anunciar as tarifas de 50% ao Brasil, a carta publicada e assinada pelo presidente Trump declarava que o ex-presidente Jair Bolsonaro era alvo de perseguição no país e classificava o julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado como "caça às bruxas".
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Gough também afirmou que é necessária uma reforma da OMC para salvar o sistema multilateral de comércio e que "negociações baseadas em jogos de poder são um atalho perigoso para a instabilidade e a guerra".

"Diante da ameaça de fragmentação, a defesa consistente do multilateralismo é o caminho a seguir. Ainda temos tempo para salvar o sistema multilateral de comércio. O Brasil continua disposto a discutir e cooperar com esse objetivo."

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