De acordo com documentos consultados por veículos como El Universal, no Texas e na Flórida, agentes da fronteira recebem entre US$ 1,5 mil a R$ 5 mil dólares (R$ 8.4 mil a R$ 28 mil), dependendo da quantidade de detenções feitas por mês.
Em regiões como a Flórida, os bônus chegam a US$ 7,5 mil (R$ 42 mil) se o agente participar de batidas noturnas.
Com base nos salários iniciais dos agentes, aqueles com mais tempo de serviço e maior produtividade podem ganhar até US$ 234 mil por ano (R$ 1.311 milhão), valor que supera o salário médio de um policial estadual, que gira em torno de US$ 50 mil anuais (R$ 280 mil).
Segundo os mesmos documentos, um agente recém-contratado, cujo salário base é de US$ 8 mil dólares mensais, pode receber um aumento de até US$ 12 mil (R$ 67 mil) em menos de seis meses, caso cumpra cotas de dez detenções diárias.
No entanto, apesar dos bônus, as agências de fronteira não conseguiram atingir a meta diária de 3 mil detenções, o que levou, segundo depoimentos, a situações em que simplesmente se ordena "prender, não perguntar".
Especialistas concordam que esse tipo de incentivo apenas promove detenções arbitrárias baseadas na cor da pele e na origem dos detidos, como já foi documentado por diversos veículos de imprensa.
Segundo a Casa Branca, nos seis meses da presidência de Trump, as autoridades prenderam mais de 100 mil imigrantes ilegais, além de revogar as autorizações de residência temporária de outros 500 mil estrangeiros.