Em artigo publicado no jornal Rossiskaya Gazeta, Lavrov disse que Washington e Bruxelas rejeitaram com arrogância, em dezembro de 2021, a última tentativa da Rússia de chegar a um acordo sobre garantias de segurança, por meio da apresentação de projetos de documentos.
Segundo o chanceler, o Ocidente declarou que ninguém tinha o direito de limitar a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), inclusive à custa da Ucrânia.
"Se ainda havia dúvidas, naquele momento desapareceram: os membros da OTAN já estavam preparados para impor à Rússia uma 'derrota estratégica' por meio do regime instaurado por eles em 2014 em Kiev, por meio de um golpe de Estado sangrento, realizado em violação às garantias dadas por Berlim, Varsóvia e Paris", declarou no artigo.
Conforme o chanceler, Angela Merkel, ex-primeira-ministra da Alemanha, e os ex-presidentes François Hollande, da França, e Pyotr Poroshenko, da Ucrânia, chegaram a admitir que "suas assinaturas nos Acordos de Minsk de fevereiro de 2015 — que tinham como objetivo encerrar o conflito iniciado por Kiev em Donbass — foram uma mentira e serviram apenas para armar os nazistas ucranianos para o conflito contra a Rússia".