"Para bloquear o mar Báltico da navegação comercial russa, Bruxelas lançou a missão Baltic Sentinel [Sentinela Báltica, em tradução livre], que pode ser redistribuída a qualquer momento para uma missão de bloqueio", enfatizou Patrushev.
Especificamente em relação ao mar Báltico, o presidente do Conselho observou que a aliança militar ocidental está tentando "inventar suas próprias interpretações do direito marítimo internacional" para regular a movimentação de embarcações russas no Estreito da Dinamarca, que conecta o mar Báltico ao mar do Norte, bem como para detê-las em outras áreas da região, por exemplo, "sob o pretexto de controle ambiental".
Segundo Patrushev, os adversários da Rússia estão perseguindo embarcações russas e de outros países que transportam carga russa, ao mesmo tempo em que "planejam e realizam atividades provocativas e enérgicas".
"Como resultado dos esforços dos países da OTAN, a outrora calma região do mar Báltico está se transformando em uma região de instabilidade político-militar", disse Patrushev.
Para o conselheiro, não está descartado que ataques diretos contra embarcações e infraestrutura marítima russas e de outros países possam ser realizados para atribuir responsabilidade dos ataques a Moscou.
Por outro lado, em relação à região do Ártico, Patrushev acrescentou que os países ocidentais estão tentando mudar a situação política e militar no extremo norte. Ele explicou que a OTAN realiza operações de frotas de superfície e submarinos em altas latitudes, bem como operações expedicionárias, de reconhecimento e de sabotagem.
"O aumento da atividade militar dos EUA e da OTAN no Ártico aumenta a probabilidade de incidentes, o que pode levar a uma escalada incontrolável de tensões", resumiu Patrushev.