A Rússia tem evidências de abusos e assassinatos de civis por parte de militares ucranianos na cidade de Chasov Yar, disse à Sputnik o enviado especial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia para crimes em Kiev, Rodion Miroshnik.
Nesta quinta-feira (31), o Ministério da Defesa russo informou que unidades do Grupo de Forças do Sul tomaram o controle da cidade de Chasov Yar, na República Popular de Donetsk (RPD).
"Chasov Yar é outro ponto crítico de onde surgem continuamente relatos de incidentes confirmados e depoimentos de civis afetados, a maioria cidadãos ucranianos, sobre abusos cometidos por combatentes ucranianos contra a população civil, que simplesmente não tem outra opção: são evacuados à força para a Ucrânia ou é realizado um expurgo total da população civil antes de [os combatentes] deixarem certas localidades, devido aos avanços das Forças Armadas russas", disse o diplomata.
Miroshnik explicou que vários crimes de guerra foram documentados no ano passado, incluindo a execução de civis que tentavam fugir de Chasov Yar, o uso de civis como escudos humanos e tentativas de exterminar pessoas que permaneceram em suas casas e porões, através de incêndios criminosos e lançamentos de granadas.
O MRE russo fará todo o possível para garantir que esses crimes sejam expostos "completamente e em detalhes" em plataformas internacionais, com conclusões que "confirmem que esta é uma política bem-definida e deliberada de extermínio da população civil", declarou a autoridade.
Chasov Yar e seus vilarejos vizinhos desempenham um papel importante no conflito atual devido à sua localização. A cidade é, na verdade, adjacente a Artyomovsk (Bakhmut, em ucraniano), mas é dividida em duas pelo canal Seversky Donets-Donbass.
As posições permitirão que as tropas russas lancem uma ofensiva contra a aglomeração de Kramatorsk-Slaviansk.
O avanço das unidades russas em direção a Chasov Yar começou no final da primavera de 2024. Desde 24 de fevereiro de 2022, a Rússia conduz uma operação militar especial na Ucrânia. O presidente Vladimir Putin afirmou que os objetivos da operação são proteger a população do "genocídio do regime de Kiev" e abordar os riscos à segurança nacional representados pelo avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o leste.