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Alexandre de Moraes decreta prisão domiciliar de Bolsonaro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes acabou de decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (4).
Sputnik
Na decisão, Moraes justificou que o ex-presidente descumpriu as medidas cautelares impostas a ele ao ter veiculado conteúdo nas redes sociais dos filhos.
Moraes afirmou, no documento que oficializa o decreto, que Bolsonaro usou as redes de aliados, incluindo seus três filhos parlamentares, para divulgar mensagens com "claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro".
"Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro", escreveu Moraes. Para o ministro, a atuação de Bolsonaro, mesmo sem o uso direto de seus perfis, burlou, de "forma deliberada, a restrição imposta anteriormente".
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Para Moraes, as medidas cautelares que estavam em vigor foram desrespeitadas, "mesmo com a imposição anterior de restrições menos severas", como a proibição de uso das redes sociais e de contato com outros investigados.
Além disso, o ministro destaca que o ex-presidente produziu material destinado à publicação por terceiros, driblando a censura direta aos seus canais e mantendo "influência ativa" no debate político digital.

Protesto ontem, prisão hoje

Bolsonaristas realizaram atos em todas as regiões do país, nesse domingo (3), contra o ministro Alexandre de Moraes e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
As manifestações aconteceram em redutos que já ficaram conhecidos como os principais celeiros de protestos dos apoiadores de Jair Bolsonaro, como a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, e a avenida Paulista, em São Paulo. Conforme publicação da Folha de S.Paulo, ao menos 20 capitais do país tiveram atos marcantes ontem.
Embora os manifestantes estivessem nas ruas do Brasil a favor de Bolsonaro, o ex-presidente não pôde participar de nenhum dos eventos, uma vez que já estava proibido de sair de casa aos fins de semana, cumprindo medidas cautelares impostas pela Justiça.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro esteve em Belém representando o marido. Junto à esposa, políticos ligados ao PL participaram do ato na capital do Pará. O senador e filho de Jair, Flávio Bolsonaro, por sua vez, publicou vídeos durante protestos no Rio de Janeiro.
Entre os criticados durante as manifestações estão o ministro Moraes e o presidente Lula, em especial. Os apoiadores de Bolsonaro levaram cartazes em inglês com dizeres em apoio às ações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assinou uma ordem executiva confirmando o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA.
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