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Gilmar Mendes rejeita desconforto com Moraes no STF após prisão de Bolsonaro: 'Não há isolamento'

Na última segunda-feira (4), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por descumprimento de medidas cautelares. Com a decisão, parlamentares da oposição passaram a impedir trabalhos no Senado como protesto.
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Em meio ao aumento da pressão sobre Moraes por conta da prisão, o ministro do STF Gilmar Mendes declarou nesta quarta (6) que não há qualquer desconforto dos integrantes da Corte com a medida, e ainda citou a união.

"Não há qualquer isolamento [de Moraes no STF]. Tenho muito orgulho de tê-lo como colega. Já disse isso várias vezes: o Brasil teria se tornado um pântano institucional não fosse a ação de Moraes. O país deve muito à atuação dele durante todo esse período — da pandemia de COVID, do TSE [Tribunal Superior Eleitoral], com todas essas questões, como as fake news. É um trabalho desafiador", afirmou Mendes após evento em Brasília.

Além disso, o ministro pontuou a gravidade do processo judicial que investiga Bolsonaro e aliados, inclusive com um inquérito sobre um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e também Moraes após as eleições de 2022.
"Nós estamos vivendo uma vida normal, em que a sucessão política é normal: perde-se, ganha-se eleição, vai-se para casa, disputa-se outra eleição. Agora, planeja-se a morte do Lula, do vice-presidente Alckmin e de Alexandre de Moraes. Isso acaba de ser reconhecido, confessado pelo general [Mario] Fernandes [um dos articuladores da suposta trama golpista]. Nós estamos falando, portanto, de coisas extremamente sérias", complementou.
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Prisão domiciliar do ex-presidente Bolsonaro

Alexandre de Moraes decretou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro sob a justificativa de descumprimento de medidas cautelares impostas a este, ao ter veiculado conteúdo nas redes sociais dos filhos.
Moraes afirmou, no documento que oficializa o decreto, que Bolsonaro usou as redes de aliados, incluindo seus três filhos parlamentares, para divulgar mensagens com "claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro".
"Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro", escreveu Moraes. Para o ministro, a atuação de Bolsonaro, mesmo sem o uso direto de seus perfis, burlou, de "forma deliberada, a restrição imposta anteriormente".
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