Além dos vetos parciais ao texto, uma nova proposta foi encaminhada ao Legislativo em caráter de urgência constitucional.
O governo justificou a nova proposta após sentar com outros ministérios e definir quatro diretrizes principais, que envolvem: garantir a integridade do processo de licenciamento, que proteja o meio ambiente e promova o desenvolvimento sustentável; assegurar os direitos dos povos indígenas e das comunidades quilombolas; dar segurança jurídica a empreendimentos e investidores; além de primar por incorporar inovações que tornem o licenciamento mais ágil, sem comprometer sua qualidade.
Após determinar os vetos, a lei exclui alguns de seus pontos mais polêmicos, como o que deixou de exigir estudo de impacto ambiental para projetos pouco poluentes ou o que permitiu que o empreendedor se autorizasse a dar andamento ao projeto sem qualquer verificação externa.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou a revisão do texto da lei e espera que o diálogo com o Congresso Nacional possa levar "a algo em benefício da proteção ambiental, do desenvolvimento sustentável, da proteção dos povos e das comunidades tradicionais, e de que o Brasil possa inaugurar um novo ciclo de prosperidade, onde a economia não brigue com a ecologia, mas façam parte da mesma equação".
Os vetos definidos pelo presidente não significam que a lei permanecerá como está. O Congresso pode derrubar a proposta de Lula, embora o governo esteja confiante de que poderá chegar a um consenso.