Em uma conta de rede social, o ministro disse que "o respeito à soberania nacional, moderação, bom senso e boa educação são requisitos fundamentais na diplomacia".
Dino também defendeu o fortalecimento do diálogo e das "relações amistosas" entre países com histórico de cooperação nas áreas comercial, cultural e institucional.
O Departamento de Estado norte-americano, equivalente ao Ministério das Relações Exteriores, tem usado suas plataformas digitais para criticar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do ministro Alexandre de Moraes, especialmente em assuntos que se referem ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores.
Ontem (7), a Embaixada dos EUA no Brasil publicou a tradução de uma declaração do secretário de diplomacia pública Darren Beattie, com ameaças a integrantes do Judiciário brasileiro que venham a colaborar com Moraes.
"Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes. Estamos monitorando a situação de perto", afirmou o comunicado do diplomata, acusando o ministro de "censura" e "perseguição" contra Bolsonaro.
O Itamaraty expressou "profunda indignação" com o conteúdo e o tom das publicações, classificando-as como ingerência em assuntos internos e "ameaças inaceitáveis" a autoridades brasileiras.
O embaixador Flavio Goldman, que chefia interinamente a Secretaria de Europa e América do Norte, recebeu o representante da Embaixada dos EUA, o encarregado de negócios Gabriel Escobar, para comunicar oficialmente o descontentamento do governo brasileiro.
No STF, as declarações foram interpretadas como uma ameaça de sanções a outros ministros que apoiem Moraes.