"O Brasil, ao propor sua própria regulação, segue o exemplo de outras democracias — como a União Europeia com o Digital Services Act [Lei de Serviços Digitais, em tradução livre] — e reafirma sua soberania. Em última instância, a pergunta é: quem define as regras do espaço digital dentro do território nacional?"
"A regulamentação das plataformas digitais não é apenas uma pauta técnica, ela representa uma encruzilhada civilizatória. O que está em disputa é a capacidade do Estado brasileiro de exercer sua soberania no domínio digital, protegendo os direitos de seus cidadãos."
Como regulamentar sem agravar?
"Parlamentares podem pedir mais tempo para 'estudar as implicações internacionais' do projeto, podem surgir propostas de emendas que descaracterizem completamente a regulamentação ou pode haver uma campanha coordenada para adiar a votação indefinidamente."
"A proteção de crianças e adolescentes on-line é uma das poucas áreas onde existe convergência entre Brasil e Estados Unidos. Mesmo os defensores mais ferrenhos da liberdade digital americana reconhecem que menores precisam de proteções especiais no ambiente on-line. Nos próprios EUA, há crescente pressão bipartidária no Congresso para regulamentar plataformas, especificamente no que se refere à proteção infantil."