O parlamentar iniciou sua fala criticando o atual ambiente político nacional, que, segundo ele, sofre "de uma exagerada polarização, de uma abundância de adjetivos e de absoluta carência de substantivo".
Entre os pontos centrais da fala do deputado, a necessidade de conciliar diferentes fontes energéticas. Ele defendeu a exploração de petróleo na Margem Equatorial, sem abrir mão do incentivo a biocombustíveis como etanol, biodiesel, biometano e biogás.
"Nós [Brasil] podemos fazer isso com equilíbrio. Isso não é contraditório, não rivaliza com a questão dos biocombustíveis."
Jardim também ressaltou que o Brasil deve adotar uma visão de longo prazo sobre transição energética, incorporando novas tecnologias e práticas. Para ele, "o combustível do futuro" vai além da lógica tradicional "do poço à roda" e deve adotar critérios mais abrangentes, como o conceito "do berço ao túmulo".
O deputado ainda defendeu prioridade para medidas provisórias (MPs) em tramitação no Congresso Nacional, como a MP 1300 e a MP 1304, que tratam da reorganização do setor elétrico; e a MP 1307, sobre a instalação de data centers. Além disso, destacou que é relator de uma proposta para criar uma Política Nacional de Minerais Críticos, com parecer previsto para os próximos dias.
Outro ponto enfatizado foi o fortalecimento das agências reguladoras, que, segundo Jardim, devem ser protegidas de contingenciamentos, pressões políticas e riscos de captura tecnológica. "Esses instrumentos cumprem papel estratégico para formular políticas de longo prazo e precisam ser preservados e fortalecidos", defendeu.
"A sustentabilidade, que para outros países é um ônus, para o Brasil é um bônus extraordinário. O Brasil pode reestruturar a sua industrialização, definir sua vocação de país e se apresentar no cenário internacional como protagonista da nova economia", concluiu.