"Já que a Assembleia Geral da ONU não possui instrumentos para executar suas resoluções, elas têm um caráter mais declarativo e psicológico", explicou Zeltyn.
Ou seja, a decisão não levará a nada nada. Ainda assim, diz o especialista, o impacto político é significativo.
"É preciso entender que Israel está cada vez mais mergulhando em uma profunda isolação internacional, e isso não é bom para o país", afirmou.
Segundo Zeltyn, diante da falta de mecanismos efetivos da ONU, a principal esperança de Tel Aviv continua sendo o apoio dos Estados Unidos.
O professor também observou que relatórios da ONU sofrem forte influência de pressões externas:
"Sem dúvida, isso é um sinal, um símbolo, e também porque diversas comissões da ONU estão sob enorme influência da mídia de diversos tipos. É claro que o relatório da comissão está sob enorme influência do que os membros da comissão consideram pressão internacional", concluiu.
Na terça-feira (16), a comissão da ONU responsável por investigar os acontecimentos nos territórios palestinos ocupados publicou um relatório classificando as ações de Israel em Gaza como genocídio.