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Banco Central mantém taxa de juros em 15% ao ano, mesmo com melhora da inflação

Em reunião hoje (17), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica de juros em 15% ao ano pela segunda vez seguida. A medida foi tomada dias após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrar a primeira deflação do ano, com queda no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 0,11%.
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Apesar do novo panorama, com reduções das expectativas sobre a inflação em 2025, o BC sinalizou que deve manter o atual patamar da Selic por um período maior.
"O Comitê permanecerá vigilante, avaliando se manter a taxa de juros no nível atual por um período muito prolongado será suficiente para garantir a convergência da inflação para a meta", afirmou em comunicado.
Outro ponto que influenciou a decisão foi a manutenção da instabilidade no ambiente internacional.

"O ambiente externo se mantém incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos. Consequentemente, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes", acrescentou.

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EUA cortam juros pela 1ª vez em 2025

Também nesta quarta-feira, o banco central norte-americano, Federal Reserve (Fed), anunciou um corte na sua taxa de juros de 0,25 ponto percentual.
Esta é a primeira vez no ano que o órgão abaixa sua taxa de juros. A última redução havia ocorrido em dezembro do ano passado, e, segundo as indicações da instituição, ainda estão previstos mais dois cortes.

Brasil vê queda na inflação

Anteriormente, o IBGE mostrou que o IPCA, considerado a inflação oficial do Brasil, registrou queda de 0,11% em agosto. O resultado é a primeira deflação em um ano, algo já apontado há algumas semanas com o resultado da prévia da inflação, o IPCA-15.

Com isso, o IPCA do último mês ficou 0,37 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,26% observada em julho, mas ainda veio um pouco acima das projeções do mercado, que esperava um recuo de 0,15%.
Conforme o IBGE, o resultado foi puxado pelo recuo de 4,21% no valor da conta de energia elétrica, além do grupo Habitação, que registrou uma queda de 0,9% em agosto. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação é de 5,13%, acima do teto de 4,5% definido pelo Banco Central.
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