Panorama internacional

Irã suspenderá cooperação com AIEA após retomada de sanções

Medida é em resposta a projeto liderado por europeus no Conselho de Segurança da ONU para retomar as sanções ao país. Rússia e China defendem manter suspensas as sanções.
Sputnik
O Conselho Supremo de Segurança Nacional (CSSN) do Irã anunciou neste sábado (20) que vai suspender a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A decisão foi anunciada após uma reunião do conselho, presidida pelo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, informou a agência de notícias iraniana Mehr News.
A cooperação com a AIEA já havia sido suspensa devido aos ataques estadunidenses e israelenses à instalações nucleares do país. No entanto, haviam sido reestabelecidas em 9 de setembro através da mediação do Egito.
A decisão foi tomada em resposta ao processo lançado no Conselho de Segurança da ONU (CSNU), por Reino Unido França e Alemanha, para retomar as sanções ao Irã em punição ao programa nuclear do país. No processo, os três países acusam Teerã de não cumprir com as determinações do acordo nuclear firmado em 2015, intitulado Plano de Ação Global Conjunto (JCPOA).
Segundo Teerã, a troika europeia – Reino Unido, França e Alemanha – age de forma imprudente na adoção de medidas hostis.
"Autoridades iranianas enfatizaram que a medida é inteiramente consistente com o direito internacional, uma vez que nenhum acordo pode vincular uma parte enquanto a outra age de má-fé. A pressão de retorno, acrescentaram, é ilegítima e destrutiva para as normas globais de não proliferação", cita a matéria.
Panorama internacional
Rússia, Irã e China pedem à ONU que retomada de sanções contra Teerã sejam impedidas
Rússia, China, Paquistão e Argélia se posicionaram a favor de manter as sanções ao Irã suspensas, segundo informou um comunicado do Ministério das Relações Exteriores russo.
"Previsivelmente, isso [alívio das sanções] foi contestado pelos europeus, que intensificaram a crise nuclear iraniana, bem como pelos EUA, que, em conjunto, exerceram uma pressão sem precedentes sobre os membros não permanentes do Conselho de Segurança, forçando-os a demonstrar solidariedade com sua posição insustentável", afirmou o órgão.
O comunicado acrescenta que Moscou rejeita a natureza ilegal das ações dos signatários do JCPOA.
"A Rússia tem repetidamente apontado a natureza provocativa e ilegal das ações tomadas pelos países europeus que são membros do JCPOA e da presidência sul-coreana do Conselho de Segurança da ONU, que está sob sua influência. Essas ações não têm nada a ver com diplomacia e apenas levam a uma maior escalada das tensões em torno do programa nuclear do Irã", afirmou o ministério.
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