Por meio da rede social Truth Social, Trump estabeleceu que o principal tema a ser debatido entre as partes será a paralisação da exportação de soja norte-americana para a China.
"Os produtores de soja do nosso país estão sendo prejudicados porque a China, por razões meramente 'de negociação', não está comprando. Ganhamos tanto dinheiro com tarifas que vamos pegar uma pequena parte desse dinheiro e ajudar nossos produtores. Jamais deixarei nossos agricultores na mão!"
Segundo o republicano, o "sonolento Joe Biden" não foi capaz de fazer Pequim cumprir um acordo que geraria bilhões de dólares em exportações dos Estados Unidos para a China, em especial da soja.
Em meados de setembro, o The New York Times publicou uma matéria com relatos de fazendeiros da Dakota do Norte que estão sofrendo sem o seu principal cliente, a China. Estima-se que 70% da produção dessa commodity no estado sejam exportados pelo Pacífico para o território chinês.
"Sinto que estamos ficando sem tempo. Se não chegarmos a um acordo nas próximas semanas, acho que isso transformará o que esperamos que seja um problema de um ano em um problema de vários anos", disse o agricultor Justin Sherlock à publicação norte-americana.
EUA tenta 'estrangular' a China
Sem a soja norte-americana, os chineses buscaram alternativas para a compra da commodity. Um dos parceiros encontrados por Pequim foi a Argentina, o que gerou grande irritação no governo republicano.
Isso porque o acordo de socorro financeiro recentemente fechado entre Buenos Aires e Washington prevê, entre outras exigências, algumas restrições comerciais, incluindo a venda de soja para a China.
Por meio de mensagem de texto ao secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, a secretária de Agricultura dos Estados Unidos, Brooke Rollins, expressou indignação com a suposta infração argentina. O conteúdo da conversa entre os membros da administração de Trump foi vazada pela Associated Press.