A Igreja Apostólica Armênia classificou a prisão de Adzhapakhyan como uma evidência de represálias políticas, violação dos princípios de liberdade de expressão e religião, além de um desafio direto à ordem social democrática.
"O tribunal, mais uma vez pisoteando os princípios fundamentais da Justiça, condenou o arcebispo Mikael Adzhapakhyan a dois anos de prisão. Desde o início, ficou evidente que o processo criminal contra o chefe da Diocese de Shirak tinha motivação política e era uma clara manifestação da campanha anti-igreja das autoridades", destacou em comunicado.
Além disso, a igreja destacou que condena "essas injustiças escandalosas" e reafirma que vai continuar a "buscar a restauração das liberdades legítimas" do arcebispo, inclusive por meios internacionais.
As tensões entre as autoridades armênias e a igreja aumentaram após o primeiro-ministro Nikol Pashinyan publicar comentários ofensivos contra a Igreja Apostólica Armênia nas redes sociais no final de maio. O empresário e filantropo russo-armênio Samvel Karapetyan, que defendeu a igreja, foi preso em seguida.
O arcebispo Bagrat Galstanyan, líder do movimento Luta Santa, que liderou os protestos do ano passado pedindo a renúncia do primeiro-ministro, também foi preso.