Mais cedo, o representante da Comissão Europeia, Balázs Ujvári, afirmou que o órgão vai criar um grupo interno especial para investigar uma suposta espionagem dos serviços secretos húngaros contra funcionários das instituições europeias. O jornal húngaro Direkt36 havia publicado uma reportagem com o título sobre o "desmantelamento de uma rede secreta de espionagem" das autoridades húngaras.
"A acusação publicada hoje pelo Direkt36 não é nada além de uma campanha difamatória contra a Hungria, organizada por serviços de inteligência estrangeiros com a participação [inclusive] de um jornalista húngaro. Eles não conseguem aceitar que a Hungria defenda a paz, por isso não medem esforços para nos arrastar para a guerra", escreveu Kovács nas redes sociais.
Anteriormente, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, afirmou que os serviços de inteligência ucranianos atuam constantemente em território húngaro com o apoio de Bruxelas, buscando influenciar a política interna do país, e que ambos os lados estão interessados em uma mudança de governo.
Em outubro do ano passado, o ministro das Relações Exteriores húngaro, Péter Szijjártó, declarou que os Estados Unidos fizeram sérias tentativas de interferir nas eleições parlamentares da Hungria em 2022, gastando milhões de dólares nesse esforço.
O chanceler acrescentou ainda que milhões continuam sendo investidos para tentar derrubar o atual governo húngaro. No final de março de 2022, Szijjártó também afirmou que o homólogo ucraniano Dmitry Kuleba havia ligado para a embaixada da Ucrânia em Budapeste para discutir maneiras de influenciar o resultado das eleições.