"Para que o plano de resolução [do conflito] em Gaza seja bem-sucedido, é necessário apoio não apenas dos países árabes, cada um dos quais tem sua própria política externa com seus próprios objetivos. Também é importante ter o apoio de outros países, especialmente dos EUA, da China e de outras potências, para que elas possam pressionar o governo israelense para implementar o plano", disse Turan.
Ele observou a necessidade de desenvolver um plano de longo prazo para a resolução do conflito, lembrando que, no momento, existe apenas um acordo de cessar-fogo, troca de prisioneiros e entrega de ajuda a Gaza.
"Este plano [para um acordo de longo prazo] pode criar problemas para as autoridades israelenses, uma vez que os radicais de direita estão exigindo a anexação de Gaza, e se Netanyahu se recusar a fazê-lo, então a direita poderá abandonar o governo", detalhou o especialista.
Por sua vez, o professor Kamer Kasim da Universidade de Izzet Baysal (Turquia) declarou à Sputnik que o principal obstáculo para o sucesso do plano em Gaza é uma possível violação do cessar-fogo por Israel. O plano deveria estabelecer sanções claramente definidas caso isso aconteça.
"Uma missão de paz composta por representantes de vários países deve ser formada para evitar que Israel viole o cessar-fogo, no entanto é importante definir seus poderes e onde ela vai operar", disse o professor.
Ele também expressou a opinião de que as autoridades israelenses devem ser pressionadas e apelou para o presidente dos EUA, Donald Trump, tomar uma posição "firme".
Nesta segunda-feira (13), Donald Trump, o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan e o emir do Catar Sheikh Tamim bin Hamad al-Thani assinaram um acordo de paz abrangente sobre o conflito de Gaza na cúpula de Sharm el-Sheikh.