"Você nunca sabe o que vai acontecer, mas há muita coisa acontecendo no front de guerra, com Ucrânia e Rússia, e informaremos, nos próximos dois dias, o que vamos fazer", disse o mandatário norte-americano ao ser questionado sobre o possível encontro com o líder russo em Budapeste.
Trump reiterou acreditar que tanto Putin quanto o ucraniano Vladimir Zelensky desejam encerrar o conflito. "Não quero perder meu tempo com uma reunião, não quero perder tempo. Então, vou ver o que acontece. Mas fizemos todos esses grandes acordos, grandes acordos de paz", acrescentou.
Mais cedo, a mídia norte-americana foi inundada de rumores sobre um suposto congelamento nos preparativos para uma cúpula entre Vladimir Putin e Donald Trump.
À agência RIA Novosti, um funcionário do Departamento de Estado, pasta presidida por Marco Rubio, confirmou que não há planos para Trump se encontrar com Putin em um futuro próximo.
Em coletiva de imprensa, o chanceler russo, Sergei Lavrov, destacou ter sido pego de surpresa com esses boatos.
Segundo o diretor-geral do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo), Kirill Dmitriev, a mídia está distorcendo o sentido sobre "futuro imediato" para minar a cúpula. "Os preparativos continuam".
"É incrível como os belicistas temem fortemente a Cúpula de Paz Putin-Trump. O diálogo pela paz prevalecerá."
O sentimento foi ecoado pelo ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, que alertou sobre notícias falsas relacionadas à possível cúpula entre Trump e Putin.
"Desde o momento em que a Cúpula da Paz em Budapeste foi anunciada, era óbvio que muitos fariam todo o possível para impedi-la. [...] Até que a Cúpula realmente aconteça, esperem uma onda de vazamentos, notícias falsas e declarações afirmando que ela não acontecerá."
Putin e Trump conversaram por telefone
Na última semana, os dois líderes tiveram uma conversa telefônica de mais de duas horas, centrada no conflito na Ucrânia e nas relações comerciais entre Rússia e Estados Unidos.
O presidente norte-americano destacou que o debate foi "muito produtivo" e que houve "grandes avanços". Ao fim do diálogo — o segundo desde a cúpula realizada em 15 de agosto, em Anchorage, no Alasca — foi anunciado que os presidentes se reuniriam novamente dentro de algumas semanas, na capital húngara.