A distinção é concedida pela Casa a organizações que contribuem para a inovação e o desenvolvimento de soluções energéticas sustentáveis.
A entrega ocorreu em sessão solene sobre energia nuclear no plenário da Câmara dos Deputados e contou com integrantes do fórum Legado Nuclear 2025 (Nuclear Legacy 2025), organizado com o apoio da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN).
Os parlamentares destacaram que a premiação reconhece a "liderança tecnológica global da Rosatom e sua contribuição para o desenvolvimento da energia nuclear", ressaltando ainda o compromisso da empresa com a inovação, a segurança e as soluções voltadas à transição energética.
"Estamos muito felizes com esse reconhecimento, especialmente neste ano tão importante para nós, em que celebramos os 80 anos da indústria nuclear russa. Nossa cooperação com o Brasil vem se fortalecendo há muitos anos em áreas essenciais: medicina, energia e ciência. A Rosatom fornece radioisótopos à medicina nuclear brasileira e mantém estreita colaboração com parceiros locais no ciclo do combustível nuclear", afirmou Ivan Dybov, diretor do escritório regional da Rosatom para a América Latina, ao receber o prêmio.
A parceria com o Brasil garante o fornecimento integral de urânio enriquecido para a usina de Angra e de radioisótopos para uso médico.
Segundo Dybov, as oportunidades de parceria com o setor nuclear brasileiro são enormes, desde projetos de mineração de urânio e construção de usinas até iniciativas conjuntas em ciência e saúde.
A Rosatom é líder nacional na produção de eletricidade, responsável por cerca de 20% da geração total da Rússia; e detém o maior portfólio mundial de construção de usinas nucleares, com 41 unidades em 11 países, em diferentes fases de implementação.
Foi a primeira empresa do mundo a estabelecer produção em série de reatores da geração III+, com quatro já em operação.
Em 2024, entrou em operação o módulo industrial de fabricação e refabricação de combustível para o reator rápido BREST-OD-300, que marca um avanço decisivo rumo ao fechamento do ciclo do combustível nuclear.
Atualmente, a empresa russa tem projetos em Bangladesh, Turquia, Egito, China e Hungria, entre outros países.
Além da energia nuclear, a Rosatom atua em produtos tecnológicos não nucleares, logística e desenvolvimento da Rota Marítima do Norte, bem como projetos ambientais.
Em 2025, foi assinado um contrato para conversão e enriquecimento de urânio extraído no Brasil, com processamento em instalações russas. A estatal informou que planeja ampliar as parcerias na região.