"Não divulgaremos detalhes específicos dos nossos encontros. A maioria das discussões será reservada, com foco em como continuar o diálogo entre Rússia e EUA, sempre respeitando os interesses da Rússia", disse Dmitriev a repórteres.
Segundo ele, apenas uma das reuniões poderá ser tornada pública, enquanto as demais terão caráter confidencial e tratarão de questões estratégicas de cooperação econômica e política.
Dmitriev acrescentou que a Rússia vê tentativas da União Europeia e do Reino Unido de impedir o diálogo direto entre Moscou e Washington. Para o enviado russo, o objetivo da Europa é prolongar o conflito na Ucrânia para distrair a população sobre a grave crise econômica que a região atravessa.
"Também observamos inúmeras tentativas por parte de nossos colegas europeus, incluindo o Reino Unido, de interromper qualquer diálogo direto entre a Rússia e os Estados Unidos, qualquer conversa direta entre o presidente [Vladimir] Putin [da Federação da Rússia] e o presidente [Donald] Trump [dos EUA]."
Apesar das recentes ações hostis dos Estados Unidos, que anunciaram novas sanções contra a Rússia nesta semana, Dmitriev afirmou que a visita ao país já estava planejada havia muito tempo. Além disso, ele afirmou que as restrições vão gerar aumento de preços na região.
"As sanções e medidas hostis não afetarão em nada a economia russa; elas apenas levarão a um aumento dos preços nos postos de combustíveis dos EUA. Isso porque os preços no mercado de petróleo já subiram e continuarão subindo", declarou.
Oportunidades de cooperação econômica
O representante russo afirmou ainda que as oportunidades de cooperação econômica entre Rússia e Estados Unidos continuam existindo, mas apenas se houver respeito aos interesses de Moscou.
"As oportunidades de cooperação econômica dos Estados Unidos com a Rússia permanecem, mas somente no caso de uma atitude respeitosa em relação aos interesses russos."