O presidente da Associação Italiana das Vítimas do Urânio Empobrecido e chefe do centro de pesquisa Observatório Militar, expressou a sua opinião sobre as razões e os objetivos dos testes nucleares anunciados por Trump.
O pesquisador relatou que na época da sua juventude "havia muitas conversas sobre a estratégia da tensão, pois havia muitos movimentos internos terroristas, quase revolucionários, que mantinham um nível de ameaça tão alto que o único ponto de referência e equilíbrio era o governo".
Ele acredita que Trump pretende fazer algo semelhante, ao criar uma estratégia para atrair a atenção internacional e, em seguida, estabelecer-se como um símbolo da paz e da tranquilidade para todo o planeta.
"Obviamente, é apenas uma estratégia de comunicação com muito ruído, mas com pouco conteúdo. É muito calor e pouca luz", disse o especialista à Sputnik.
Leggiero acha que Trump insiste em manter as tensões de forma permanente, não tanto por causa de um eventual confronto com a Rússia, mas para manter a Europa sob o controle, porque tem a intenção de demonstrar a inutilidade do continente.
O especialista acrescentou que o líder norte-americano ao anunciar os novos testes nucleares, fez um truque ao estilo napolitano.
"Não sei se ele sabe que na Itália Nápoles é o berço de todas as encenações. […] Ele jogou uma pedra no lago e agora começa a fazer os seus negócios em uma área que até agora estava fechada para ele", concluiu o especialista.
Na semana passada, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou ter ordenado a retomada de testes nucleares do país, afirmando que a decisão visa garantir "igualdade de condições" com outras nações que supostamente mantêm programas ativos de testes atômicos.
Moscou reagiu à fala de Trump sobre supostos testes nucleares feitos por outros países. O porta‑voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que, se o líder norte-americano estava se referindo ao sistema Burevestnik, essa informação não é verdadeira, acrescentando que o Kremlin espera que Trump tenha recebido informações corretas sobre os sistemas russos Burevestnik e Poseidon.