O ministro André Mendonça, relator da criação do partido, declarou que o grupo por trás da criação do Missão cumpriu todos os requisitos e entregou todos os documentos necessários para a criação da legenda. Foram mais de 590 mil assinaturas recolhidas nas cinco regiões do país.
Apesar de aprovar o Missão, Mendonça pediu para que os responsáveis pela agremiação façam ajustes no estatuto em um prazo de 90 dias. De acordo com informações do O Globo, o ministro destacou que alguns pontos do documento são genéricos, como o trecho que cita o combate à violência de gênero.
Em entrevista à CNN Brasil, o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), um dos nomes mais conhecidos do MBL, revelou que o partido pretende lançar candidaturas para a presidência da República, assim como para os governos de Rio de Janeiro e São Paulo.
"Nós temos, primeiro, uma das nossas principais frentes está em voga agora, que é o enfrentamento ao crime organizado, que é a declaração de guerra às facções criminosas e não é uma guerra no sentido figurado, é uma guerra literal."
O estatuto do Missão descreve como objetivo do partido o combate à corrupção, a implementação dos princípios liberais da economia, o arrocho das leis penais e a industrialização da região Nordeste.
"[Queremos] também uma defesa radical e uma reforma do Estado, de senadores, deputados, de juízes, de promotores, enfim, fazer uma defesa muito veemente de que se corte os privilégios que a gente tem hoje, tanto para a elite do funcionalismo público, como também a gente tem aí para a elite de setores privados que tem poder de lobby dentro do Congresso Nacional."