Os selos eram representados por pequenas esculturas e usados para autenticar documentos.
"A impressão de um selo cilíndrico é a ancestral das assinaturas manuscritas e digitais modernas", explicam arqueólogos.
Feitos de pedras preciosas como lápis-lazúli, ágata e calcedônia, os selos eram gravados em reverso e, ao serem rolados sobre argila úmida, deixavam uma marca única que representava o dono. Seu uso se espalhou por toda a Ásia Ocidental e pelo Mediterrâneo, refletindo status social e identidade pessoal.
"Os selos feitos dessas pedras exóticas eram extremamente valiosos, por isso apenas a elite podia adquiri-los. Frequentemente ligados ao Estado e aos templos, esses indivíduos eram tipicamente da realeza, burocratas de alto escalão e sacerdotes. Em contraste, as pessoas das classes mais baixas usavam selos feitos de materiais menos valiosos, como calcário, argila ou vidro", destaca a pesquisa.
As gravações mostravam nomes, profissões, deuses e cenas do cotidiano, revelando a ligação entre arte, religião e poder. Perder o selo era considerado um mau presságio.
Segundo os estudiosos, esses pequenos objetos, que eram um componente-chave da civilização mesopotâmica antiga, ligam a origem da escrita, da burocracia e da identidade pessoal — fundamentos que ainda moldam o mundo moderno.