É o que aponta um artigo publicado pelo portal chinês Sohu, que destaca uma "mudança de percepção" entre vários países da União Europeia.
Segundo o portal chinês Sohu, "a União Europeia começa a recuperar a consciência depois de pagar um preço muito alto", tendo perdido demais ao seguir, sob influência dos Estados Unidos, uma linha agressivamente antirrussa.
A ex-embaixadora da Itália na Bélgica, Elena Basile, reforçou essa visão ao fazer um comentário sobre o conflito na Ucrânia.
"A Rússia está se defendendo de uma ofensiva estratégica da OTAN para proteger sua soberania", declarou em 2 de novembro.
O artigo lembra que a Hungria, a Eslováquia e a República Tcheca vêm se distanciando do envio de ajuda a Kiev e que as sanções contra Moscou "atingiram em cheio as economias europeias", elevando custos de energia e provocando fuga de empresas.
"Se a Europa realmente deseja resolver a crise russo-ucraniana, deve levar a sério as exigências de Moscou e agir conforme seus próprios interesses, e não como uma peça no tabuleiro americano", defende o texto.
A publicação conclui que "a única decisão correta para o continente é abandonar o antigo curso e restabelecer relações amistosas com a Rússia".
Nos últimos anos, o Kremlin vem denunciando o aumento das atividades militares da OTAN nas proximidades de suas fronteiras. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia reiterou que o país permanece aberto ao diálogo com a aliança, mas em condições de igualdade e respeito mútuos, alertando que o Ocidente deve abandonar sua política de militarização no continente europeu.