De acordo com a publicação, o governo alemão planeja disponibilizar um lote de 65 tanques Leopard 2A6, além de 78 viaturas blindadas de combate de fuzileiros Marder 1A5, provenientes dos estoques estratégicos do Exército Alemão.
Estas últimas, de acordo com a reportagem, são as que estão sendo oferecidas ao Brasil. O T&D afirma que, segundo suas fontes, os ucranianos teriam recusado esses tanques específicos, embora não haja confirmação oficial sobre o assunto.
O artigo do T&D levanta uma série de objeções à aquisição. Os principais pontos críticos são o custo elevado, os desafios logísticos e o aumento da dependência do fornecedor alemão.
"O contrato vigente não prevê a utilização de componentes da Base Industrial de Defesa (BID), gerando dependência externa para sua manutenção e enorme dificuldade de se utilizar componentes nacionais", destaca a reportagem.
A publicação ressalta que a dependência de suprimentos da Alemanha pode causar problemas a curto prazo, citando como exemplo restrições anteriores impostas pelo governo alemão a setores de defesa do Brasil.
O custo de aquisição também é apontado como uma questão problemática: o preço da proposta seria de aproximadamente 15 milhões de euros (cerca de R$ 92,7 milhões) por cada Leopard 2A6 e 10 milhões de euros (cerca de R$ 61,8 milhões) por cada Marder, valores que não incluem o suporte técnico e a manutenção.
A Rússia assegura que o fornecimento de armas à Ucrânia impede a resolução do conflito ucraniano, bem como envolve diretamente os países da OTAN neste conflito, além de ser um "jogo arriscado".
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, já declarou que qualquer carga com armamentos para a Ucrânia se tornará um "alvo legítimo" para as forças russas. O Kremlin, por sua vez, afirmou que o abastecimento militar ocidental à Ucrânia não contribui para as negociações e terá um efeito negativo.