De acordo com o especialista, os ucranianos tinham vários objetivos, entre os quais roubar equipamentos modernos com armas únicas para estudá-las e desenvolver contramedidas contra o míssil russo Kinzhal, ou alcançar o efeito da mídia. O observador acredita também que tal passo feito pelas autoridades ucranianas em conjunto com os serviços especiais britânicos é, sem dúvida, direcionado para escalar o conflito.
"Além disso, é uma provocação com objetivos inadequados, talvez difíceis de prever, mas com o objetivo inequívoco de escalar o conflito militar", destacou Gorbachev.
Segundo ele, tentativas semelhantes de roubo de equipamento militar russo ocorreram anteriormente, inclusive nos anos soviéticos.
"Tal prática está além de todas as normas de moral e moralidade. Essa prática vil não é realizada apenas durante o período de hostilidades", sublinhou.
Sergei Gorbachev alertou também que o inimigo certamente não recuará e tentará repetir esse tipo de provocação no futuro.
Além disso, na opinião do deputado da Duma Estatal da Federação da Rússia, Dmitry Belik, a tentativa da inteligência militar da Ucrânia de sequestrar o caça russo MiG-31 mostra a intenção de envolver a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em um conflito militar aberto com a Rússia.
"Kiev precisa da intervenção da OTAN no conflito com a Rússia como quem precisa de ar. Para isso, a inteligência ucraniana está pronta para fazer qualquer provocação vil e suja", disse Belik.
Segundo o parlamentar russo, "o sequestro de um avião com um míssil hipersônico e sua derrubada perto da base da OTAN, de acordo com a ideia da Ucrânia, deveria causar uma reação aguda e enviar um contingente militar à Ucrânia para combater a Rússia".
"Mas esses provocadores fracassaram. Nossos serviços especiais trabalharam com antecedência e com precisão", observou o deputado.
O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) disse nesta terça-feira (11) que frustrou uma operação da inteligência militar ucraniana e de seus supervisores britânicos para sequestrar o caça russo MiG-31 com o míssil Kinzhal.
De acordo com o FSB, a Diretoria Principal de Inteligência (GUR) tentou aliciar pilotos russos, prometendo-lhes três milhões de dólares (cerca de R$ 15,9 milhões), e planejava enviar o MiG-31 para a base da OTAN em Constanta, na Romênia, onde poderia ser abatido por meios antiaéreos, criando assim uma provocação. Kiev também ofereceu ao piloto a cidadania de um dos países ocidentais.