Alckmin destacou que o comércio exterior brasileiro vive um momento recorde, com US$ 290 bilhões (R$ 1,5 bilhões) exportados entre janeiro e outubro e alta de 9,1% apenas no mês passado. O vice-presidente também ressaltou a abertura de quase 500 novos mercados desde o início do ano.
Entre os itens beneficiados pela redução tarifária, o vice-presidente listou café, carne, frutas, açaí e, principalmente, o suco de laranja. Com a nova medida, a fatia de exportações brasileiras que entra nos EUA sem tarifa subiu de 23% para 26%.
Apesar do avanço, Alckmin reconheceu que tarifas sobre o café ainda são muito altas, permanecendo em 40%, enquanto concorrentes como o Vietnã passaram de 20% para zero. Para ele, essa distorção prejudica a competitividade brasileira, especialmente porque o Brasil é o principal fornecedor de café arábica aos EUA.
O vice-presidente lembrou que reduções semelhantes já haviam sido obtidas em setores como celulose, ferroníquel, madeira e móveis, e disse que há uma "avenida de trabalho" para novas negociações. Ele atribuiu os avanços ao esforço diplomático brasileiro, ao encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump na Malásia e às conversas recentes entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado americano, Marco Rubio.
Alckmin afirmou que o Brasil continuará negociando e destacou que os EUA têm superávit comercial com o país, o que reforça que "o Brasil não é problema, é solução". Para ele, as novas reduções demonstram um avanço, mas ainda há espaço para cortes mais amplos.