O pedido foi submetido à Câmara de Apelações do TPI. Segundo o Ministério das Relações Exteriores israelense, Tel Aviv acusa o procurador de desviar a atenção pública com as alegações de crimes de guerra em Gaza das acusações de assédio sexual que enfrentava.
"Israel apresentou hoje uma moção à Câmara de Apelações do TPI para desqualificar o procurador Karim Khan de participar em processos relativos a Israel. Além disso, Israel pede ao tribunal que revogue os mandados de prisão infundados emitidos pelo procurador contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant", afirmou o ministério.
O TPI anunciou em maio que Khan seria afastado administrativamente enquanto aguarda o resultado da investigação contra ele por suposto assédio sexual.
No ano passado, o procurador anunciou que apresentaria um pedido na instância inicial do TPI para a emissão de mandados de prisão contra Netanyahu e Galant. Em sua declaração, ele observou que ambos eram responsáveis por crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos durante a atual campanha militar na Faixa de Gaza, iniciada em outubro de 2023. Os mandados de prisão foram emitidos pelo TPI no ano passado.