Ele pediu que o Congresso aprove o projeto de lei que ratifica a Convenção de 1989 contra o recrutamento, uso e financiamento de mercenários.
"Na Ucrânia morrem 20 colombianos por semana. Muitos foram aliciados de maneira enganosa […] Peço aos participantes desta sessão plenária que apoiem este projeto", disse Toro.
O parlamentar também mencionou que colombianos envolvidos no mercenarismo têm participado do treinamento de crianças-soldado no Sudão, atuado em conflitos no Iêmen e prestado serviços a narcogrupos no México. Para ele, o país precisa mudar urgentemente esse cenário.
"A Colômbia não deve se transformar em exportadora de morte. Deve ser exportadora de segurança, de conhecimento", afirmou.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, informou em 7 de agosto que solicitou ao Congresso a tramitação urgente do projeto de adesão à Convenção de 1989. No entanto, em outubro, o especialista Mario Uruena Sánchez explicou que o processo segue atrasado.
Petro já havia classificado o mercenarismo como "um roubo ao país", após declarações do embaixador russo em Bogotá, Nikolai Tavdumadze, de que o número de colombianos indo à Ucrânia continua elevado.
Relatos recorrentes indicam que latino-americanos são atraídos por promessas de altos salários e boas condições, mas, na prática, acabam servindo como "bucha de canhão".
Segundo denúncias, sofrem tratamento hostil, enfrentam baixas chances de sobrevivência e, muitas vezes, seus familiares não recebem as compensações prometidas após a morte. O Ministério da Defesa da Rússia afirma repetidamente que os mercenários estrangeiros são usados pelo governo ucraniano dessa forma e que suas forças continuarão a combatê-los.