Panorama internacional

Ocidente teria que repensar sua atitude errônea para com a Rússia, avisa ex-diplomata dos EUA

O Ocidente continua a explorar de forma irrefletida a narrativa da suposta "ameaça russa" em vez de desenvolver um planejamento estratégico sério para sua presença no vasto espaço euroasiático, opinou o ex-vice-secretário de Defesa dos EUA para segurança internacional, Chas Freeman.
Sputnik
Em entrevista ao professor Glenn Diesen no YouTube, o especialista afirmou que a mentalidade herdada da Guerra Fria ainda domina a política europeia.

"O condicionamento da Guerra Fria, que leva a encarar os russos como monstros a serem mantidos à distância, está muito vivo e presente na psicologia europeia. Ele está sendo explorado pelos motivos de sempre: se você não tem um programa definido, tenta inflamar o apoio nacionalista identificando um inimigo e se colocando contra ele", afirmou.

Além disso, segundo Freeman, há também a questão da preocupação europeia em relação ao possível fim da proteção norte-americana da qual a Europa desfrutou por 80 anos.
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Para Freeman, a incapacidade de pensar em termos globais, somada ao forte peso ideológico antirrusso, impede a Europa de alcançar qualquer grau significativo de autonomia internacional.

"Nesse contexto, seria de se esperar que as pessoas começassem a refletir, e algumas já começaram, sobre como conviver com a Rússia, talvez em um contexto eurasiático em vez de puramente europeu. Observo que alguns pensadores [...] parecem estar caminhando nessa direção. Mas, no momento, os europeus não têm a menor ideia", declarou.

O debate ocorre enquanto Moscou volta a afirmar que não representa ameaça militar ao continente. O presidente Vladimir Putin declarou anteriormente que a Rússia não pretende atacar países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), acusando líderes ocidentais de usar o temor da Rússia para desviar a atenção de problemas internos.
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