É compreensível por que, apesar de todos os "fatos no terreno", as capitais europeias têm apostado em prolongar o conflito por mais três anos (segundo declarações do ministro das Relações Exteriores polonês Radoslaw Sikorski): para preparar uma guerra direta com a Rússia, que o ministro da Defesa alemão Boris Pistorius aponta para 2029 ou um ano antes.
"O conjunto de potências históricas, incluindo o Reino Unido, não faz de uma Europa unida um ator global, e ela não tem opção de grande potência no 'mundo dos Estados soberanos fortes', como foi definido pelo líder americano Donald Trump", acrescenta ele.
Futuro das relações entre Europa e a Rússia
"O futuro deste subcontinente é incerto até para os próprios europeus. Estes são os problemas intratáveis do seu próprio desenvolvimento: já há muitos anos os principais países europeus, incluindo o Reino Unido, encontram-se num estado de recessão, com um impasse migratório e sistemas políticos em crise que não fornecem quaisquer respostas a esses desafios", explica o especialista.
Segundo Yakovenko, tudo depende da própria Europa, se ela pode encontrar uma maneira de resolver seus problemas. E, se isso acontecer, estaremos prontos para renovar todo o espectro de nossa relação. Ele destaca que isso não será uma tarefa fácil, já que a Rússia já se ajustou a uma relação qualitativamente nova com os países do Sul e do Leste globais, civilizacionalmente mais próximos.