A publicação destaca que a obra de arte, preservada com notável nitidez, apresenta figuras mitológicas altamente detalhadas e composições geométricas.
De acordo com a matéria, o estilo, materiais e as descobertas, como cerâmica e moedas, situam a estrutura no século III d.C., na época romana, quando Iznik, então conhecida como Niceia, era um importante centro cultural e administrativo.
"Interpretações iniciais sugerem que o mosaico pertencia a um edifício público oficial ou a uma residência privada de luxo, possivelmente até mesmo a um complexo termal romano, dada a elaboração refinada e as referências temáticas à água", ressalta a publicação.
Segundo o portal, a parte descoberta consiste em três grandes painéis emoldurados por uma borda decorativa com símbolos associados à fertilidade e à proteção divina nas tradições romanas.
Um dos painéis principais apresenta uma deusa da abundância segurando uma cesta de frutas que simbolizam a produção local, cercada por figuras mitológicas e inscrições parcialmente preservadas.
Destaca-se, ainda, o painel central, que mostra um retrato feminino sereno personificando um lago antigo por meio de detalhes simbólicos ligados à água, evidenciando a profunda conexão cultural com esse elemento natural.
Conforme acrescenta o artigo, o mosaico mistura mitologia e geografia, sugerindo uma visão de mundo em que elementos naturais se entrelaçam com a identidade humana e narrativas divinas.
As escavações indicam, ainda, que o local foi utilizado continuamente por mais de um milênio, revelando camadas que vão do período romano até o otomano.
O achado não só reflete um trabalho artístico sofisticado, mas também recontextualiza a importância cultural e espiritual da região, conclui a publicação.