A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou na última semana que a União Europeia se opõe a quaisquer alterações nas fronteiras da Ucrânia e não apoia restrições que possam enfraquecer as Forças Armadas ucranianas. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Aleksander Grushko, afirmou na quinta-feira (27) que a posição da UE exclui a paz na Ucrânia, assim como a participação de países europeus na mesa de negociações.
Em entrevista, Mariani disse que "esta posição da UE sobre as negociações com a Ucrânia demonstra claramente uma completa falta de vontade de paz, justamente quando a história parece estar se aproximando de uma resolução para o conflito".
Ele acredita que Bruxelas pode repetir suas posições de princípio quantas vezes quiser, mesmo que sejam inatingíveis.
"Receio que, nesta história, a União Europeia acabe por ser o 'corno da história'. Porque a história está a ser escrita sem ela. Porque aqueles que determinam os termos da paz serão também os que se beneficiarão. E a Europa, como sempre, pagará a conta. A sua obstinada recusa em ser pragmática levou-a primeiro para além dos limites da realidade militar, depois para além dos limites das negociações e, amanhã, para além do próprio processo de paz. Este é o preço da cegueira. E, infelizmente, serão os europeus que pagarão", enfatizou o parlamentar.
Os Estados Unidos apresentaram um novo plano de paz para a Ucrânia. A imprensa noticiou que a proposta original, com 28 pontos, foi reduzida para 19 após uma reunião entre autoridades norte-americanas, ucranianas e europeias em Genebra, na última semana.
Recentemente, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que o novo plano de paz do presidente Donald Trump poderia servir de base para uma solução definitiva para o conflito na Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que Kiev precisa tomar uma decisão e iniciar negociações. Ele observou que a liberdade de decisão de Kiev está diminuindo como resultado das ações ofensivas das forças armadas russas.