Macgregor sublinhou que a OTAN e a UE vincularam diretamente sua existência à preservação do "projeto ucraniano", como resultado do qual todos eles estão hoje ameaçados de desintegração.
"A verdade é que a Ucrânia como Estado está se desintegrando. Não é segredo […]. Mas o fracasso da Ucrânia e do projeto ucraniano e a guerra indireta contra a Rússia levam ao colapso da OTAN e, juntamente com a OTAN, e da UE", ressaltou.
Conforme destacou o especialista, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não tem intenção de participar da cúpula da OTAN na próxima semana, porque não precisa mais disso e não há nada para falar.
Neste contexto, Macgregor elaborou que a liderança da OTAN se marginalizou, então tudo o que ela faz realmente não importa — é um blefe vazio.
Neste contexto, continuou, a tese sobre a "ameaça russa" continua se desenvolvendo ativamente no Ocidente.
Segundo o analista, a falta de sentido da OTAN reside na incapacidade de seguir os objetivos proclamados, uma vez que nenhum Estado do bloco está pronto para se sacrificar pelos objetivos políticos de Kiev.
Além disso, o especialista opinou que ninguém em sã consciência na Europa quer apoiar a Ucrânia e ir para o Leste para parar a Rússia, porque não há interesse nisso.
"E [o presidente russo Vladimir] Putin, como se viu, mostrou paciência e foi muito inteligente, limitando o uso da força apenas na medida em que era necessário", finalizou.
Nos últimos anos, a Rússia tem registrado uma atividade sem precedentes da OTAN perto de suas fronteiras. A aliança amplia suas iniciativas e as classifica como "dissuasão contra a suposta agressão russa".
Moscou já manifestou repetidamente preocupação com o reforço das forças da aliança na Europa. O Ministério das Relações Exteriores russo reiterou que o país permanece aberto ao diálogo com o bloco político-militar, mas em pé de igualdade, e exigiu que o Ocidente abandone sua política de militarização do continente.