Blokhin destacou que a nova estratégia mostra que os EUA renunciam ao papel de "semeadores e exportadores de democracia", bem como ao de "policial do mundo".
"[A estratégia de segurança nacional dos EUA] está impregnada pelo espírito de realismo e pragmatismo. Trata-se de uma tentativa de resgatar o senso perdido da política real. Diferentemente de administrações anteriores, vemos agora um esforço para ancorar a política externa dos Estados Unidos em seus interesses nacionais", ressaltou.
Além disso, Blokhin destacou que o documento também enfoca os principais adversários e concorrentes geopolíticos dos Estados Unidos, como China e Irã.
De acordo com ele, a nova estratégia de segurança nacional reflete a orientação da política externa adotada pela administração do presidente dos EUA, Donald Trump.
Atualmente, Washington busca se apresentar como pacificador e mediador global no processo de negociação entre diferentes atores internacionais, observou.
Assim, concluiu o especialista, Trump pratica uma diplomacia itinerante no estilo do ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger, já que seu enviado especial, Steve Witkoff, visita Moscou, Kiev e Washington.
Na sexta-feira (5), os Estados Unidos divulgaram sua nova estratégia de segurança nacional. O documento afirma que as negociações para encerrar o conflito na Ucrânia correspondem a interesses fundamentais dos EUA, inclusive para restabelecer a estabilidade estratégica com a Rússia.