Pelo menos oito soldados, vários deles armados, apareceram na televisão estatal na manhã de domingo para anunciar que um comitê militar liderado pelo coronel Tigri Pascal havia assumido o poder e estava dissolvendo as instituições nacionais, suspendendo a Constituição e fechando as fronteiras aéreas, terrestres e marítimas.
"O Exército se compromete solenemente a dar ao povo beninês a esperança de uma nova era, onde prevaleçam a fraternidade, a justiça e o trabalho", dizia um comunicado lido por um dos soldados.
Algumas horas depois, o ministro do Interior, Alassane Seidou, afirmou que as forças armadas do país da África Ocidental haviam frustrado a tentativa de golpe.
"Portanto, o governo insta a população a continuar com suas atividades normais."
O ministro das Relações Exteriores, Olushegun Adjadi Bakari, havia declarado anteriormente à Reuters que "um pequeno grupo" de soldados tentou derrubar o governo, mas que as forças leais ao presidente Patrice Talon estavam trabalhando para restabelecer a ordem.
Ele afirmou que os golpistas conseguiram apenas assumir o controle da televisão estatal, que foi interrompida após os soldados lerem sua declaração. A transmissão foi retomada pouco depois, permitindo que o ministro do Interior informasse à população que a tentativa de golpe havia sido frustrada.
De acordo com informações do portal de notícias beninês Actualites229, as forças de segurança do Benin prenderam 12 soldados da ativa e um ex-soldado durante uma operação de resposta à tentativa de golpe de Estado.
O bloco regional da África Ocidental, a CEDEAO, e a União Africana condenaram a tentativa de golpe.