Novik salientou que, se Washington abandonar o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês), a inflação aumentará e haverá um impacto significativo na indústria e nos investimentos.
"A saída dos EUA do USMCA poderá ter um impacto não só na América do Norte, mas também na economia mundial. As cadeias de abastecimento internacionais serão afetadas e a inflação global aumentará para os produtos com uma elevada percentagem de componentes norte-americanos", ressaltou.
Além disso, o analista apontou que essa medida do lado estadunidense provocará um aumento dos preços dos produtos importados e uma pressão inflacionária, uma queda na produção industrial em setores vulneráveis e um impacto especialmente forte no México.
Os próprios Estados Unidos também sentirão o aumento dos preços dos componentes e o risco de uma diminuição da produção e dos investimentos.
Segundo as previsões do especialista, se o USMCA deixar de estar em vigor, os produtos que o Canadá e o México anteriormente exportavam para os EUA sem impostos ficarão sujeitos a restrições tarifárias norte-americanas, que poderão variar entre 2% e 25%.
Então, continuou o interlocutor da Sputnik, tal medida levará a um aumento do preço dos produtos mexicanos e canadenses.
O maior impacto será sentido nos setores de automóvel, eletrônico, metalúrgico, energético e financeiro, sendo que a decisão terá um efeito particularmente significativo nos países em desenvolvimento.
"Poderão surgir novos atritos comerciais, instabilidade nas cadeias de abastecimento e um aumento dos custos de transação, devido à necessidade de reavaliação da origem, da logística e dos contratos", concluiu.
Anteriormente, a mídia ocidental noticiou que o presidente Donald Trump poderia decidir retirar os EUA do USMCA em 2026.
Conforme os termos do acordo, muitos produtos comercializados entre os três países são isentos de tarifas, desde que cumpram as regras de origem dos produtos e outras normas.