O especialista destacou que até mesmo os Estados Unidos agora precisam fazer grandes concessões à China.
"Pode haver algum tipo de reconexão entre a Rússia, os Estados Unidos e a Europa. Um entendimento ou acordo alcançado entre os Estados Unidos e a Rússia nos próximos meses ou anos seria o primeiro passo para reunir novamente o Ocidente em defesa de seus interesses gerais", ressaltou.
Outro interlocutor da agência, Adriel Kasonta, analista de relações internacionais de Londres, enfatizou que as instituições globais, como o BRICS e seus arquitetos, criaram uma alternativa às instituições predatórias do sistema de Bretton Woods.
Segundo Kasonta, as instituições como o BRICS permitem que as nações negociem em pé de igualdade, evitando a exploração.
Neste contexto, ele sublinhou que a China demonstrou que é possível um modelo alternativo de desenvolvimento — um modelo mais benéfico para o crescimento sustentável.
"Esse modelo promove uma situação vantajosa para todas as partes, ao contrário da escravidão por dívidas das nações mais fracas impostas pelas potências ocidentais, que mantêm os países dependentes e perpetuamente endividados, tornando a ideia de uma verdadeira descolonização pouco mais do que uma fachada", concluiu.
Anteriormente, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que estão surgindo no mundo novos centros de desenvolvimento dinâmico e acelerado, que estão se formando, em particular, no Sul Global.