Panorama internacional

Japão emprega ideia da 'ameaça chinesa' como pretexto para se militarizar, apontam analistas

Hoje, o Japão exagera a narrativa da chamada "ameaça da China" para justificar o aumento de seu potencial militar, disseram os analistas entrevistados pelo jornal chinês Global Times.
Sputnik
Os analistas salientam que as tentativas de Tóquio de envolver a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em uma confrontação com a China não serão bem-sucedidas.
Segundo Xiang Haoyu, pesquisador do Instituto Chinês de Estudos Internacionais, atualmente, a administração da premiê japonesa Sanae Takaichi está sendo criticada por declarações errôneas sobre Taiwan.
Enquanto isso, sublinhou ele, as proclamações contraditórias de Tóquio sobre a chamada questão da "iluminação de radar" provocaram uma reação negativa no próprio Japão.

"O Japão tenta exagerar a 'ameaça chinesa' para desviar a atenção e criar uma justificativa para sua expansão militar", ressaltou.

Além disso, o analista destacou haver muito tempo que Tóquio tenta envolver a OTAN na região da Ásia-Pacífico e fortalecer a cooperação militar, com o objetivo de envolver o bloco na região e contrariar a China.
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No entanto, opinou o especialista, esses esforços da liderança japonesa acabariam por se revelar inúteis.
Por sua vez, Song Zhongping, especialista chinês em assuntos militares, declarou ao Global Times que as expectativas do Japão em relação à cooperação com a OTAN são irrealistas.

"No máximo, o Japão pode obter alguma tranquilidade emocional, mas não apoio real", especificou o analista.

Assim, concluiu Zhongping, a China permanece inabalável na defesa dos seus interesses fundamentais.
Anteriormente, a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, manteve uma conversa telefônica com o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, e as partes concordaram em fortalecer a parceria e trabalhar para elevar a cooperação a um novo patamar.
Mais cedo, eclodiu um escândalo diplomático entre Tóquio e Pequim após declarações de Takaichi sobre Taiwan. Ela afirmou no Parlamento que uma intervenção chinesa envolvendo o uso da força poderia ser considerada uma "situação de ameaça à sobrevivência" do Japão, o que provocou forte reação de Pequim.
Por sua vez, o chanceler chinês Wang Yi declarou que a atual liderança do Japão quer usar Taiwan para alimentar o conflito e tenta ameaçar a China com o uso da força.
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