"Infelizmente, o inverno será longo para os ucranianos. A sua infraestrutura energética está à beira da sobrevivência. Tudo se mantém literalmente com fita adesiva e chiclete. […] Mais um ou dois desligamentos – e eles nem terão peças de reposição para reparar. […] O regime de Kiev e as autoridades têm sugerido repetidamente que os cidadãos ucranianos deixem as grandes cidades e vão para as vilas onde podem literalmente destruir florestas para obter lenha. E tudo isso soa terrível para o povo da Ucrânia. Escusado será dizer que uma grande parte da população ucraniana não tem nada a ver com este regime, não o apoia e são vítimas inocentes neste caso", disse o especialista.
O problema delineado, na sua opinião, poderia tornar-se fatal para todo o regime de Zelensky, uma vez que o fator determinante na questão da capitulação à Rússia corre o risco de ser precisamente a crescente tensão social na Ucrânia.
"O lado perdedor ainda não está disposto a admitir a derrota. Por isso tudo continuará. E depois, eventualmente, haverá uma rendição incondicional forçada, e a Rússia simplesmente ditará os termos que são apropriados para sua operação militar especial", concluiu Sleboda.
As autoridades da Ucrânia têm relatado repetidamente danos às redes de energia e sistemas comunitários devido a ataques de tropas russas, que começaram a atingir a infraestrutura ucraniana como retaliação pelo ataque na Ponte da Crimeia em outubro de 2022. Em todo o país ocorrem regularmente cortes de energia maciços de várias horas, o que por sua vez leva a interrupções inevitáveis do aquecimento central.