Sheinbaum acredita que seu governo deve atuar como mediador nas crescentes tensões entre Caracas e Washington.
"Buscaremos uma solução pacífica com todos os países que desejarem participar, da América Latina ou de outros continentes, e evitaremos a intervenção. Se houver um conflito, todos os mecanismos estabelecidos pelas Nações Unidas estão disponíveis" para se chegar a um entendimento, disse Sheinbaum.
A presidente mexicana também ressaltou que, nesse caso, todas as partes envolvidas devem participar para resolver a situação atual.
Em 15 de dezembro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou um "bloqueio total e completo" de todos os "petroleiros sancionados" que entram ou saem da Venezuela.
"O regime ilegítimo de [Nicolás] Maduro está usando o petróleo desses campos roubados para financiar a si mesmo, o narcotráfico, o tráfico de pessoas, assassinatos e sequestros. Pelo roubo de nossos bens e por muitos outros motivos, incluindo terrorismo, tráfico de drogas e tráfico de pessoas, o regime venezuelano foi designado como uma organização terrorista estrangeira."
Por sua vez, Caracas pediu a interrupção imediata de qualquer uso da força ou interferência contra a comercialização legal do petróleo venezuelano. Segundo o The New York Times, a Venezuela passou a utilizar escolta militar para navios que transportam derivados de petróleo após ameaças de Trump.