Conforme publicado pelo jornal O Globo, Zambelli terá o destino decidido na Corte italiana em 20 janeiro de 2026. O Ministério Público do país europeu, por sua vez, entende que a solicitação brasileira de extradição atende a todos os requisitos necessários, dentre os quais a confirmação de que a ex-deputada federal não sofreu perseguição política.
Junto ao pedido de extradição, as autoridades do Brasil anexaram informações sobre onde Zambelli ficará presa e as condições do local, além de outras pontuações sobre os cuidados com as detidas do local. A defesa da condenada, por sua vez, solicitou à Justiça da Itália tempo para analisar os documentos.
Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a ex-deputada poderá ficar presa na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. De acordo com a Vara de Execuções Penais (VEP), a Colmeia mantém padrões de salubridade, segurança e assistência às detentas, conforme determina a Lei de Execuções Penais.
Zambelli foi condenada pelo STF a dez anos de prisão por atuar na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela fugiu para a Itália, mas foi encontrada pelas autoridades, após ser incluída como foragida na lista da Interpol.
A ex-parlamentar recebeu uma segunda sentença do STF pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal a cinco anos e três meses de prisão, em regime inicial semiaberto, além de pagamento de multa correspondente a 400 salários-mínimos vigentes à época dos fatos (2022), com devida atualização monetária, por perseguir um jornalista em São Paulo.
No último domingo (14), Zambelli oficializou a renúncia ao seu mandato na Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), chamou o primeiro suplente, Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse.