A ofensiva ocorreu depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu retaliar um ataque contra militares americanos no último fim de semana na Síria, perpetrado por um suposto membro do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários países).
O ataque foi confirmado tanto pelo secretário de Guerra norte-americano, Pete Hegseth, quanto pelo perfil do Comando Central dos EUA, responsável por ações militares no Oriente Médio, que compartilhou um vídeo dos preparativos.
Apelidado de operação Olho de Falcão (Hawkeye, em tradução livre), o ataque não consiste em um "início de uma guerra", disse Hegseth, mas sim "uma declaração de vingança".
"Como dissemos logo após o ataque brutal, se você atacar americanos — em qualquer lugar do mundo — passará o resto de sua breve e angustiante vida sabendo que os Estados Unidos o caçarão, o encontrarão e o matarão impiedosamente. Hoje, caçamos e matamos nossos inimigos. Muitos deles. E continuaremos."
O presidente norte-americano também se pronunciou em suas redes. "Os EUA estão infligindo uma retaliação muito séria, assim como prometi, nos terroristas assasinos responsáveis [pelo atentado em Palmira]. Estamos atacando muito fortemente contra redutos do ISIS na Síria", afirmou Trump.
Dois soldados do Exército dos EUA e um intérprete civil foram mortos no sábado na cidade de Palmira, no centro da Síria, por um atacante que tinha como alvo um comboio de forças americanas e sírias antes de ser morto a tiros, segundo o Exército dos EUA. Outros três soldados americanos também ficaram feridos no ataque.
Nos últimos meses, uma coalizão liderada pelos EUA realizou ataques aéreos e operações terrestres na Síria contra suspeitos do Estado Islâmico, frequentemente com o envolvimento das forças de segurança sírias.
O presidente Trump alertou no sábado que haveria uma "retaliação muito séria" ao ataque contra as forças americanas e disse que o presidente sírio, Al-Sharaa, estava “extremamente irritado e perturbado com este ataque”.
As forças terrestres americanas foram enviadas pela primeira vez à Síria no final de 2016, ostensivamente para auxiliar na luta contra o Estado Islâmico, mantendo o nordeste do país, rico em energia e alimentos, fora do controle do governo sírio em Damasco.
Após a queda do governo Assad no final de 2024, o novo governo prometeu se juntar à coalizão liderada pelos EUA.