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Petróleo na área, Tio Sam na cola: confira o mais recente mapa dos conflitos envolvendo os EUA

© AP Photo / Baderkhan AhmadVeículo militar dos EUA é visto em patrulha no campo perto da cidade de Qamishli, Síria, domingo, 4 de dezembro de 2022
Veículo militar dos EUA é visto em patrulha no campo perto da cidade de Qamishli, Síria, domingo, 4 de dezembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 11.12.2025
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Da Eurásia à Venezuela, passando pelo Oriente Médio e Nigéria, a política externa norte-americana frequentemente se entrelaça a interesses energéticos.
Quando petróleo, segurança regional e influência política convergem, Washington costuma "subir o tom", seja por sanções, retórica ou presença militar.
As bolas da vez são Nigéria e Venezuela. Além de criticar uma suposta perseguição a cristãos na Nigéria, os Estados Unidos também estacionaram tropas nos arredores da Venezuela sob pretexto de combater o tráfico de drogas.
No caso da Nigéria, o presidente norte-americano, Donald Trump declarou em 1º de novembro que a Nigéria é uma nação "desonrada" e as tropas de seu país atacarão o país africano se, o que chamou, de assassinato de cristãos por terroristas islâmicos não acabar. Curiosamente, o país é o maior produtor de petróleo da África, com rotas energéticas importantes para diversos países.
Nesta captura tirada de vídeo, trabalhadores ficam ao lado de um contêiner para coletar resíduos de derramamento de óleo, em Ogoniland, Nigéria, 16 de junho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 07.11.2025
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Já o governo venezuelano de Nicolás Maduro sofreu ameaças recentes de invasão por parte da Casa Branca, que acusa Maduro de ser narcotraficante. Em setembro, as Forças Armadas estadunidenses começaram a atacar embarcações no Caribe sob a justificativa de que estariam levando drogas para a América do Norte. Dezenas de pessoas morreram e, até o momento, não foram apresentadas provas de que as vítimas integravam o narcotráfico.
Mas não é de hoje que os EUA arranjam bodes expiatórios para atuar em prol de seus interesses energéticos e geopolíticos. Conheça outros países produtores de petróleo que já sofreram e ainda sofrem com ataques, intervenções, sanções e até invasões do Tio Sam.

Iraque

Um dos casos mais emblemáticos, o Iraque sofreu anos de sanções durante a década de 1990, até ser invadido pelos EUA em 2003 sob a justificativa de eliminar armas de destruição em massa, nunca encontradas. À época, o Iraque era um dos grandes exportadores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e detentor de vastas reservas inexploradas. A intervenção redesenhou o setor petrolífero local, abrindo portas a companhias ocidentais, sobretudo, norte-americanas. O legado norte-americano no Iraque foi de desordem econômica e social e política.
Membros de grupo militante xiita iraquiano participam de funeral dos membros do grupo que foram mortos por ataque aéreo dos EUA. Bagdá, Iraque, 4 de fevereiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 29.05.2025
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Irã

Rival histórico de Washington desde a Revolução Islâmica de 1979, e seu petróleo é peça central na disputa: o país possui a quarta maior reserva comprovada do mundo e essas exportações são sua principal fonte de receita estrangeira.
Mesmo assim, são poucos os países que compram o petróleo iraniano devido às sanções norte-americanas, que proíbe empresas estadunidenses de se envolverem nesses negócios. Além disso, navios que exportem petróleo iraniano podem ser confiscados a qualquer momento, a exemplo do que aconteceu nesta quarta-feira (10), com um petroleiro venezuelano.
Por conta disso, o Irã se vê forçado a vender petróleo a preços mais baratos para alcançar compradores a despeito das sanções norte-americanas.

Líbia

Em 2011, a intervenção militar liderada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) — com forte participação norte-americana — ajudou a derrubar o governo de Muammar Kadhafi. Considerado o país com petróleo leve da melhor qualidade do mundo, a Líbia vivia naquele momento de autonomia energética e buscava ampliar parcerias com países fora da órbita ocidental.
Após a guerra, o setor petrolífero tornou-se alvo de disputas internas e externas e o país está fragmentado com grupos paramilitares estrangeiros, que operam defendendo os interesses de corporações estrangeiras, sobretudo alinhadas ao setor energético, ao petróleo e ao gás.
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Rússia

Principal concorrente energético dos Estados Unidos, especialmente no mercado de petróleo e gás, Moscou se tornou alvo de sanções desde 2014 e, mais intensamente, após 2022. No cerne da questão estão grandes movimentos geopolíticos, como a influência nos preços globais, Urais e West Texas Intermediate.
Nos últimos anos, um grande desenvolvimento se deu no mercado europeu, que costumam aproveitar a proximidade geográfica com a Rússia para importar combustíveis mais barato. Após seguirem cegamente as medidas impostas pela Casa Branca, os países da União Europeia abandonaram os hidrocarbonetos russo e se tornaram dependentes do produto, mais caro, norte-americano.

Catar

Apesar de manter boas relações com Washington, o Catar já esteve no radar devido ao seu protagonismo no mercado de gás natural liquefeito (GNL) e por sua política externa independente. As críticas norte-americanas ganharam corpo durante o bloqueio imposto por países árabes em 2017, quando Doha aproximou-se ainda mais de potências como Turquia e Irã.
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Síria

Antes da guerra civil, que começou em 2011 e tem repercussões até hoje, a Síria tinha relevante produção petrolífera regional. O país entrou no radar dos EUA, por sua aliança com Irã e Rússia e pela localização estratégica de rotas energéticas.
Nos anos em que ocupou a Síria, entretanto, os Estados Unidos ocuparam campos de petróleo, principalmente na na província de Deir ez-Zor, ao longo da fronteira com o Iraque, seja com tropas próprias ou através de intermediários locais, sob o argumento de impedir financiamento de terroristas.
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