Antes disso, o deputado Georgy Mazurashu, que faz parte do mesmo partido de Zelensky, classificou a eventual retirada das Forças Armadas ucranianas da área controlada por Kiev na região como um "resultado doloroso, mas positivo" das negociações para resolver o conflito.
Nesta semana, a mídia europeia revelou que a Ucrânia teria rejeitado a proposta de criar uma zona econômica livre desmilitarizada no Donbass. Contudo, a ideia teria partido de Kiev como tentativa de despertar o interesse do presidente dos EUA, Donald Trump. Em 13 de dezembro, Trump afirmou que a criação de uma zona econômica livre no Donbass "pode funcionar".
Na última semana, o assessor presidencial russo, Yury Ushakov, admitiu que, no futuro, o Donbass poderia não ter "nem tropas russas, nem ucranianas", mas sim forças da Rosgvardiya (Guarda Nacional Russa) e outros meios necessários para manter a ordem.
A administração dos Estados Unidos informou anteriormente que está elaborando um plano para a resolução do conflito na Ucrânia. O Kremlin, por sua vez, declarou que a Rússia permanece aberta a negociações e mantém-se na plataforma de diálogos em Anchorage.
Ucrânia não tem capacidade de manter Exército, diz Zelensky
Mais cedo, Zelensky também reconheceu que o país não tem capacidade financeira para manter um Exército com efetivo de 800 mil militares, número que Kiev tem defendido preservar, apesar da exigência da Rússia por uma redução das Forças Armadas ucranianas.
"Não, não é possível, não há recursos financeiros suficientes. É justamente por isso que estou conduzindo esse diálogo com líderes de outros países, porque considero o financiamento parcial do nosso Exército por parceiros como uma garantia de segurança para nós", afirmou.