Panorama internacional

Atividade agressiva dos EUA no Caribe pode causar instabilidade na Amazônia brasileira, alerta revista

As ações agressivas dos Estados Unidos contra a Colômbia na região do Caribe criam riscos de agravamento da situação e podem resultar em um conflito regional, observa a revista Sociedade Militar.
Sputnik
De acordo com a publicação, a América Latina, e a Colômbia em particular, ocupam um lugar especial na política externa da Casa Branca, enquanto Washington aumenta suas ações beligerantes na região.
"A escalada militar dos Estados Unidos reacende temores de conflito regional e pressiona fronteiras sensíveis da América do Sul", ressalta a matéria.
Apesar de a administração Trump declarar que as operações militares das Forças Armadas dos EUA visam combater o narcotráfico, há receios de que essa política agressiva de Washington tenha outros objetivos e possa resultar em um conflito no qual o Brasil tenha que envidar esforços para garantir a segurança das suas fronteiras do Norte.

"Embora o discurso oficial esteja ancorado no combate ao narcotráfico e ao chamado narcoterrorismo, analistas e autoridades regionais observam que os movimentos americanos indicam objetivos mais amplos, capazes de gerar instabilidade direta na Amazônia e nas fronteiras brasileiras", alerta o texto.

De acordo com a publicação, o Brasil está especialmente preocupado com o aumento das tensões, uma vez que eventuais ações militares na Colômbia tendem a provocar deslocamentos de grupos armados para áreas de difícil controle estatal, como a floresta amazônica.
Os autores do texto destacam que as florestas da Amazônia representam um ponto fraco porque é altamente difícil controlar as fronteiras que passam pelas matas densas. Os militantes de uma eventual guerra na Colômbia poderão se esconder facilmente e livremente nas florestas fronteiriças da Amazônia, pouco controladas.

"Pressionados por operações militares internas e externas, guerrilheiros tendem a buscar refúgio em áreas de fronteira com baixo controle estatal, especialmente na região amazônica que conecta Colômbia, Peru, Venezuela e Brasil", diz-se na publicação.

Anteriormente, Donald Trump acusou a Colômbia de produzir grandes quantidades de drogas e afirmou que o presidente colombiano, Gustavo Petro, enfrentaria grandes problemas se não se organizasse. Trump se referiu a Petro como "chefe do narcotráfico" sem apresentar evidências.
Além disso, a administração norte-americana retirou a certificação da Colômbia como aliada no combate às drogas e impôs sanções contra Petro e seus associados.
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