"A União Europeia encontra-se em estado de desintegração. Esse processo ocorre paralelamente aos esforços da burocracia de Bruxelas para edificar um império", afirmou ele ao jornal Magyar Nemzet.
De acordo com Orbán, a UE se desintegra da seguinte maneira: em Bruxelas, "são tomadas decisões que não são cumpridas. Primeiro um país não as cumpre, depois dois, depois três. Apesar da intenção de fortalecer o poder central, as pessoas que tomam decisões são obrigadas a recuar".
Orbán afirmou que os dias do bloco estarão contados se continuar com a atual política econômica. Além disso, argumentou que sair da UE não faz sentido, pois se trata de uma entidade que se desintegrará por si mesma, e estipulou um prazo de dois a três anos para a solução do problema.
O mandatário húngaro advertiu que a União Europeia se romperá caso os liberais, que detêm o poder em Bruxelas, não sejam substituídos por patriotas, e para isso seria necessária uma depuração nos moldes do atual modelo norte-americano.
Orbán já declarou, em outra ocasião, que a era de 500 anos de domínio da civilização ocidental havia chegado ao fim, que a estratégia de ocidentalizar o mundo inteiro havia fracassado e que o centro da economia mundial havia se deslocado para o Oriente, apontando o nascimento de uma nova era: a da Eurásia.
Além disso, deu por encerrada a ordem mundial liberal e indicou que os países mais beneficiados seriam aqueles aptos a trabalhar com o máximo desempenho, enquanto os mais prejudicados seriam os incapazes de defender seus próprios valores.