"Posso afirmar que o espectro da guerra passou", disse Aoun a jornalistas após uma visita de Natal a Bkerke, no centro do Líbano, acrescentando que as negociações ajudaram a refutar os alertas israelenses sobre uma possível retomada das hostilidades após o Ano Novo.
Segundo a agência chinesa Xinhua, o presidente libanês afirmou que a situação de segurança no sul do país permanece frágil, com moradores ainda impossibilitados de retornar às suas casas, detentos em prisões israelenses e relatos recentes de ataques de Tel Aviv em áreas do sul e no vale do Bekaa.
Aoun observou que o Líbano tem mantido contato com países influentes, incluindo os Estados Unidos, a União Europeia e os Estados árabes, trabalhando em paralelo com o comitê do mecanismo encarregado de prevenir a escalada e estabilizar a situação ao longo da fronteira.
Ainda de acordo com o presidente, embora as negociações frequentemente envolvam exigências elevadas, o engajamento diplomático está caminhando para "conclusões positivas". Ele enfatizou que o Líbano permanece comprometido em salvaguardar a estabilidade e evitar o retorno à guerra, enquanto continua os esforços para fortalecer as instituições estatais e garantir a segurança em todo o país.
Novo ataque israelense mata membro do Hezbollah
Também nesta quinta-feira, um membro do Hezbollah foi morto em um ataque aéreo de Israel no sul do Líbano, segundo fontes libanesas e militares israelenses.
A Agência Nacional de Notícias do Líbano (NNA) informou que um drone israelense atingiu uma caminhonete na entrada da vila fronteiriça de Majdal Selm. O Centro de Operações de Emergência do Ministério da Saúde Pública do Líbano confirmou a morte de um cidadão no ataque.
Uma fonte de segurança identificou a vítima como Mohammad Alaa Al-Din, membro do Hezbollah. As Forças de Defesa de Israel afirmaram em um comunicado que o ataque matou um militante que participava das tentativas do Hezbollah de restaurar a infraestrutura militar na área.
A NNA também relatou um aumento na atividade aérea israelense, com oito aviões de guerra "voando em alta altitude sobre a cidade de Baalbek antes de seguirem para o sudeste em direção à cordilheira oriental", e um drone lançando bombas perto de vilarejos fronteiriços à noite.
Apesar do cessar-fogo de novembro de 2024 entre o Hezbollah e Israel, intermediado pelos EUA e pela França, o exército israelense ocasionalmente realiza ataques no Líbano, alegando que visam eliminar as ameaças do Hezbollah, e posicionou suas forças em cinco pontos na região da fronteira libanesa.