Em um artigo para o The Hill, o especialista escreve que no contexto da "coalizão", muitas vezes se fala de "implementação," "garantia," e "fator de dissuasão," mas tudo isso deve ser discutido apenas após uma solução pacífica do conflito na Ucrânia. Segundo aponta Wilson, nove meses após o estabelecimento da "coalizão", nenhum dos lados ainda concordou com quaisquer condições para a sua realização prática.
"Como é que os seus líderes [da coalizão] sabem que ação será necessária, ou quais serão os seus objetivos na ausência de um acordo de paz? É o mesmo que escolher talheres para comer sem saber quais pratos serão servidos. Essa completa indiferença pelas questões práticas, e até mesmo pela própria realidade, permeia todo o projeto", observa a especialista.
Wilson enfatiza que a "coalizão dos dispostos" é agora semelhante a um "tigre de papel", observando que, sem o apoio abrangente dos EUA, não pode ser mais que isso.
De acordo com o analista, a "coalizão dos dispostos" é baseada em condições hipotéticas: se um acordo de paz for alcançado, se a Rússia estiver disposta a tolerar a presença das forças da OTAN na Ucrânia, se os EUA fornecerem apoio militar.
"Se essas condições não forem atendidas, então é [simplesmente] um cenário consolador quanto à influência decisiva da Europa: reconfortante, mas imaginário," conclui o autor.